Ministros das Finanças da UE querem negociar redução da dívida grega com a banca

Os ministros das Finanças da zona euro estão de acordo em negociar com os bancos credores da Grécia para que aceitem perdas mais substanciais do que aquelas que já foram previstas, anunciou hoje o ministro das Finanças da União Europeia, Jean-Claude Juncker.
«Nós entramos em acordo, na sexta-feira, sobre o facto de que nós devemos ter um aumento substancial da contribuição dos bancos no resgate da Grécia, sob a forma de depreciação de seus créditos», declarou à imprensa, a margem de uma reunião dos ministros das Finanças da UE, em Bruxelas.

Juncker confirmou a informação que havia sido transmitida na sexta-feira à noite por fontes diplomáticas, na ocasião de uma reunião preparatória dos ministros das Finanças da UE.

Segundo as fontes diplomáticas, os ministros colocaram-se em acordo para negociar com os bancos uma redução na dívida de pelo menos 50 por cento, contra um objectivo de 21 por cento decidido, a 21 de Julho, com o sector bancário.

Assim, os ministros endossaram as conclusões de um relatório de especialistas que lhes foi entregue pela troika. O documento estima que é preciso uma redução de 50 ou 60 por cento da dívida para estabilizar a Grécia sem aumentar os gigantescos empréstimos internacionais que já foram prometidos.

Em contrapartida, previram uma capitalização dos bancos europeus num montante de 100 mil milhões de euros.

«É bastante claro que precisamos de uma redução substancial da dívida grega», disse hoje também o ministro das Finanças da Suécia, Anders Borg, em Bruxelas.

Esta «redução» é o termo financeiro empregado para a depreciação do valor dos empréstimos tomados pelos credores, neste caso, os bancos privados e fundos de investimento que detêm a dívida pública.

Fonte: SOL